De acordo com um novo estudo, os sons caseiros como o barulho de seu aspirador de pó ou detector de fumaça pode estar dando ansiedade ao seu cão.
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Embora seja comumente entendido que sons altos e dramáticos, como tempestades e fogos de artifício, podem assustar os cães, os pesquisadores da UC Davis descobriram que mesmo ruídos domésticos comuns podem despertar ansiedade entre os cães.
“Sabemos que há muitos cães que têm sensibilidade ao ruído, mas subestimamos seu medo ao ruído que consideramos normal porque muitos donos de cães não conseguem ler a linguagem corporal”, disse Emma Grigg, autora principal do estudo, em um comunicado à imprensa.
Emma e seus colegas descreveram suas descobertas em um artigo publicado na revista Frontiers in Veterinary Science na segunda-feira (08/11). Eles entrevistaram 386 donos de cães sobre suas respostas aos sons e também viram 62 vídeos online mostrando cães reagindo a sons domésticos comuns.
Tanto nas pesquisas quanto nos vídeos online, havia “numerosos sinais de medo e ansiedade caninos” em resposta a esses ruídos. Para sons constantes de frequência mais baixa, como microondas e aspiradores de pó, os comportamentos associados à agitação, como latidos, eram comuns. Sinais de medo, como lamber os lábios e orelhas dobradas para trás, também foram associados a esses tipos de sons.
Ruídos agudos altos e infrequentes, como o bipe de um detector de fumaça, foram considerados mais prováveis de causar ansiedade entre os cães. Ofegar, se esconder, se encolher, tremer e latir eram respostas comportamentais comuns a esses ruídos.
Alguns desses sons altos podem ser potencialmente dolorosos para os cães, devido à sua sensibilidade auditiva. “Os cães usam a linguagem corporal muito mais do que vocalizações e precisamos estar cientes disso”, explicou Emma. “Nós os alimentamos, hospedamos, os amamos e temos a obrigação de cuidar deles de responder melhor à sua ansiedade.”
A pesquisa também descobriu que esses sinais muitas vezes passam despercebidos entre a maioria dos donos de cães. A maioria dos entrevistados subestimou o medo de seus animais de estimação em relação a esses ruídos.
“Há uma incompatibilidade entre as percepções dos proprietários sobre o medo e a quantidade de comportamento de medo realmente presente. Alguns reagem com diversão em vez de preocupação”, acrescentou a especialista.
“Esperamos que este estudo leve as pessoas a pensar sobre as fontes de som que podem estar causando o estresse de seu cão, para que possam tomar medidas para minimizar a exposição de seu cão a ele.”